A concepção de “observatório” passa pelo conceito de núcleo de ensino, pesquisa e extensão e pode se converter num dispositivo de formação humana plural, coletiva, como também um subsídio potencializa a investigação científica e sua socialização.

Mas, qual o objetivo de um observatório internacional?

Tendo como pressuposto que o conhecimento não pode ficar estático e cristalizado, sem visibilidade e aberto às discussões da vida cotidiana, verifica-se que a disseminação do conhecimento, proposta por um observatório coloca-se de forma ativa a romper barreiras e paradigmas restritos à pequenos mundos alheios ao fazer científico.

Desse modo, reflete-se que, ao fazer ciência dependemos de mecanismos e dispositivos legais e humanos, que se abrem a um mundo de possibilidades investigativas inter e transdisciplinares. Assim, pensa-se, justamente, em contemplar múltiplos objetos da pesquisa científica e do processo formativo humano, observando-os em suas múltiplas facetas, de forma crítica, contribuindo à sociedade, às organizações educativas e de pesquisa e, sobretudo, aos profissionais, sob muitos ângulos e prismas.

Os observatórios possuem forte convergência com as problematizações contemporâneas

Consideramos que os observatórios podem ser constituídos em função de problemáticas específicas que visam atender a determinados fins formativos, sociais, filosóficos, éticos, políticos e de uma práxis, que corrobora para analisar contextos em que são desenvolvidos por pesquisadores e pesquisadores e que determinam as suas próprias finalidades.

Apesar de serem construídos em torno de objetos distintos e complexos, os observatórios apelam para uma tecnologia social que importa a apropriação da própria concepção do tecido humano reflexivo, de escuta e de interlocução, envolvendo: o trabalho científico coletivo; múltiplos olhares para a realidade e a sistematização e disseminação dos conhecimentos.